Vou viajar pela primeira vez para a Itália em meados de 2014. Depois de uma incursão por Praga, Budapeste e Viena, em 2013, para a qual não me preparei (sabe aquela sensação de que vc já leu sobre aquilo em algum lugar, muito provavelmente no segundo grau, mas não lembra efetivamente o que era) e que vc percebe que aquela viagem, tão legal, poderia ter sido muuuuito mais legal, decidi que não vou deixar isso acontecer. E assim, iniciei este ano com uma das partes mais agradáveis dessa preparação: a visualização de filmes!
A minha regra é: vale filme que fale sobre a história da Itália/Império Romano, vale filme que se passe na Itália e mostre os cenários italianos e vale filme que seja italiano. O que importa é aumentar meu conhecimento sobre a Itália da maneira mais prazerosa possível.
E assim, convido vcs a participarem da criação desse post, que deverá ser aumentado ainda por alguns meses : )
Primeira Parte: cenários italianos
1. Toscana
Direção: Brad Mirman.
Ano: 2005.
Este foi o primeiro filme a que assisti já no espírito de me preparar para a viagem à Itália. Conta a história de um grande escritor, Weldon Walsh (Harvey Keitel), que, após a morte da esposa, não consegue mais escrever. Joshua Jackson (Jeremy) é um aspirante a escritor que trabalhar para uma editora e tem a árdua função de convencer Walsh a voltar a escrever. Acontece que Walsh mora em um vilarejo da Toscana e o enredo do filme se torna um reles pretexto para admirar as deslumbrantes paisagens que volta e meia aparecem. Apesar de eu, infelizmente, não conseguir fugir da atração que esse gênero de filmes exerce, sinto dizer que não curti este filme em particular (como no geral acontece, vai entender). Não sou nenhuma expert em análise de filmes, mas acho que o problema estava no roteiro. A ideia era boa e poderia ter se desenvolvido no estilo do filme A Sociedade dos Poetas Mortos, inspirando jovens ao Carpe Diem e mostrando a beleza da criação literária. O resultado, porém, foi um filme cheio de clichês e um final bastante ruim. Até o romance que ocorre entre Jeremy e a filha do escritor (Claire Forlani) não corresponde aos nossos anseios de contos de fadas. Joshua Jackson continua o mesmo Pacey e Clair Forlani, a mesma de Encontro Marcado. Se a sua motivação é se fartar com as deslumbrantes imagens toscanas, porém, pode aluga-lo sem medo, pois elas são realmente deliciosas e constantes durante todo o filme.
Sob o Sol da Toscana
Direção: Audrey Wells.
Ano: 2003
Este é um clássico! A primeira vez que eu assisti a esse filme eu não gostei muito, achei um pouco clichê. Conta a história auto-biográfica da escritora Frances Mayes que, após se divorciar, embarca em uma viagem turística à Itália e impulsivamente compra uma casa na Toscana rural e reconstroi a sua vida.
Após assisti-lo novamente algumas vezes, não é que eu tenha achado menos clichê, mas acho que dei mais atenção às outras nuances do filme. O seu grande tchan é, sem dúvida, as paisagens italianas, com maior ênfase nas partes rurais da Toscana, algumas cenas de Cortona e a Costa Amalfitana. Tem cenas em Roma também, mas elas são bem poucas.
2. Roma
Para Roma, Com Amor
Direção: Woody Allen
Ano: 2012
Este é um filme que conta quatro histórias diferentes de pessoas que passam por Roma, tanto moradores quanto turistas. Tem um tom bem leve e apresenta uns toques de realismo fantástico que cai bem no filme. Além disso, Woody Allen acerta nas tiradas inteligentes e traz um filme engraçado, agradável e, como eu queria, repleto de imagens de Roma!
A oportunidade de fazer um filme na cidade surgiu após uma oferta de distribuidores de Roma que exigiram apenas que o filme se passasse no local. Pode até ter sido feito com fins mercantilistas, mas pra mim funcionou como uma declaração de amor a Roma que me fez ansiar pela visita e pela possibilidade de eu também me apaixonar pela cidade.
Quem gosta de Woody Allen vai encontrar as pessoas neuróticas características de seus filmes. A trilha sonora é um plus.
Anjos e Demônios
Direção: Ron Howard
Ano: 2009
Anjos e Demônios é a adaptação para o cinema do livro homônimo de Dan Brown, o mesmo que escreveu O Código Da Vinci. Corresponde à aventura anterior vivenciada pelo heroi Robert Langdon (Tom Hanks) (no filme é feita a referência de que o ocorrido em O Código Da Vinci foi antes, ao contrário do que se vê nos livros). Dessa vez, em meio à eleição de um novo papa, os quatro cardeais mais prováveis de serem eleitos são sequestrados e mortos a cada uma hora pelos Illuminati. Langdon corre contra o tempo para decifrar o mistério com a ajuda da bela Vittoria Vetra (Ayelet Zurer); no mais, é a mesma receita de O Código Da Vinci, embora este esteja mais bem arquitetado. Tem bastante ação, mas é engraçado como algumas horas passam mais rápidas do que outras ; )
Agora, quanto a Roma, vemos tantas imagens! E existe o bônus de muitas informações sobre o papado, como funciona quando um papa morre, como é eleito o novo papa... Somos ainda agraciados com algumas outras curiosidades, como sobre o papa Pio IX, que ordenou a mutilação dos órgãos genitais das estátuas nuas do Vaticano, o que foi conhecido como A Grande Castração; posteriormente foram adicionadas folhas de parreira.
3. Costa Italiana
Direção: Robert Mullingan
Ano: 1961
Este filme foi uma grata surpresa. Para minha sorte, tenho um amigo cinéfilo e que adora filme antigo. Quando lhe falei da minha ideia, logo se pôs a selecionar filmes sobre a Itália. Deste eu nunca havia ouvido falar e, dos atores, só conhecia Rock Hudson.
Ele conta a história de um rico americano, Robert Talbot (Rock Hudson), que tem um villa italiana, onde descansa um mês no ano (setembro, claro!). É o tempo que reserva também para sua namorada italiana Lisa (Gina Lollobrigida). Por razões não muito claras, ele resolve ir antes, em julho, e acaba descobrindo que sua villa foi transformada em um hotel por seu porteiro, que está ganhando dinheiro às suas custas. Primeiramente por insistência de sua namorada, que acha graça na história toda, e depois, por forças das circunstâncias, ele aceita compartilhar sua mansão com as hóspedes e não desmascarar a enganação. A confusão é criada quando as hóspedes são belas adolescentes que se veem cortejadas por jovens americanos e Robert assume seu papel de protetor e não deixa os casais sozinhos. Além disso, sua namorada já tinha decidido se casar com outro, cansada de tanto esperar ser pedida em casamento por Robert. Esses são os ingredientes que rendem boas risadas.
O jovem mais cortejador é Bobby Darin, que escreveu Splish Splash e, já cantor consagrado, se aventurou na carreira de ator, sendo este seu primeiro filme. Foi nele que conheceu sua futura esposa, Sandra Dee, que faz a parceira dele no filme. Os dois se casaram 2 meses depois de terem se conhecido! Sandra Dee foi uma modelo e atriz adolescente famosa cuja carreira declinou depois de se divorciar de Bobby Darin (afinal, era A divorciada). Ficou imortalizada com a música Look at me, I'm Sandra Dee, de Grease.
O filme tem várias cenas de Portofino, na região da Ligúria entre as Cinque Terre e Gênova, na Riviera Italiana.
Avanti! Amantes à Italiana
Direção: Billy Wilder
Ano: 1972
Com Jack Lemmon e Billy Wilder, a minha expectativa era alta. O começo do filme, porém, não correspondeu: as piadas, que existiam, ou não sobreviveram com o correr dos anos ou não eram lá muito engraçadas não. Se vc não perder fé no filme, acredito que vc vai gostar sim. E lá pelas tantas, a personagem de Juliet Mills fala: "Itália não é um país, mas uma emoção", e vc vê que Wilder conseguiu o que queria, que era passar a ideia de duas pessoas se transformando na Itália - e faz vc desejar a mesma coisa!
O filme segue Armbruster Jr (Jack Lemmon), rico empresário americano ocupado, ríspido, arrogante, quer tudo feito na hora e não exige de outra maneira, sem papas na língua, que tem o "american way of life", com esposa e filhos e a vida perfeita (presume-se). Pois seu pai, Armbruster Senior, morreu na Itália, na ilha de Ischia mais precisamente, e lá tem ele de ir buscar o corpo. O que vemos é essa maneira americana de ver a vida ir de encontro com o "la dolce vita" e a confusão gera boas risadas. Assim é com o almoço italiano, no qual toda a Itália pára das 13h às 16h, o encontro com os Trotta, com Bruno, o camareiro italiano que quer voltar para os EUA a todo o custo, com sua namorada siciliana esquentada... O desafio é levar o corpo do pai para os EUA para um velório na terça-feira quando ele tem o final de semana para conseguir o caixão especial, a liberação para levar o corpo... Junto a tudo isso aparece Pamela Piggott (Juliet Mills), a filha da amante de seu pai, e ele descobre que as idas a Ischia uma vez por ano para cuidar dos reumatismos na verdade eram uma fachada para uma história de amor. E, assim, Armbruster Jr descobre a emoção italiana.
Esse filme, na verdade, me espantou, achei tão moderno para a época. Vemos bumbuns e seios tão naturalmente, assim como a traição sendo abordada de maneira tão aceitável. Achava que pra época seriam todas escandalosas. A gente dá umas boas risadas, é bem legal a maneira de ser mostrada a Itália, mais a região napolitana, com sua fama mafiosa e burocrática. O filme tem umas cenas muito bonitas da Ilha de Ischia, Sorrento, Amalfi (costa amalfitana) e Capri.
Tudo começou em Nápoles
Direção: Melville Shavelson
Ano: 1960
Este parece ter sido um filme feito pra apresentar Capri ao mundo. Tudo bem, tem Nápoles também, com seus varais de roupa. Capri é apresentada em todos os seus pontos bonitos, aparece até a famosa Gruta Azul. O filme conta a história de Michael Hamilton, cujo irmão morreu na Itália e isso é motivo suficiente para ele precisar se dirigir pra lá (não, não é pra buscar o corpo). Descobre que o irmão vivia junto com uma mulher, que faleceu junto com ele, e que deixaram uma criança de 8 anos, Nando, que está sendo cuidado por sua tia, Lucia Curcio (Sophia Loren), na ilha de Capri. Sua estadia acaba se alongando quando percebe que a criança não vai à escola, anda sujo e dorme bem depois da meia-noite e pensa que seria melhor pra sua formação que seja criado longe da tia. Isso é o suficiente para que se apaixone pela Itália (e suas mulheres).
Vcs perceberam também como esses filmes se parecem? Conta sempre a história de um homem americano rico que, por motivos diferentes, se dirigem à Itália, lugar de boa-vida, e lá, antes relutantes, se entregam, sempre com a ajuda de uma bela mulher. E todos abordam os estereótipos italianos: sujeira, burocracia, máfia, o italiano esquentado e que fala alto...
Segunda Parte: história
1. Roma Antiga
Direção: Stanley Kubrick
Ano: 1960
Este foi um filme muito elogiado por um amigo meu. E não foi para menos: dirigido por Stanley Kubrick aos 30 anos e estrelado por Kirk Douglas, Spartacus é um épico que mostra Roma dividida em três classes, a dos patrícios, que comandavam Roma do Senado, os escravos e, pouco presente no filme, a "classe média", formada pelos comerciantes e produtores. Os escravos trabalhavam em pedreiras, afazeres domésticos e para entretenimento através da morte. E não basta que morram, mas devem também lutar e fazê-lo com maestria. Os escravos usados para esse fim são chamados gladiadores e muitos enriqueciam com seu comércio.
Pois bem, o filme segue um escravo, Spartacus, escolhido por Batiatus Levantus, rico comerciante de escravos especializado em gladiadores, para treinamento com esse fim. O filme é feliz em mostrar que a humanidade está presente inclusive nos escravos, apesar de serem tratados como animais: Spartacus ama, almeja a liberdade, entoa poesia, regozija-se com o filho, nada diferente de qualquer um de nós. Spartacus consegue inspirar os demais, formando-se um levante de escravos contra Roma. Eles chegam a ganhar algumas batalhas, mas não conseguem fugir da derrota final diante da supremacia romana.
Não são mostradas imagens famosas de Roma, mas se deslumbram o Senado Romano, como se discutiam as ideias no local, os conflitos políticos, os costumes; há inclusive uma insinuação da homossexualidade, comum entre os patrícios. De bônus, tomamos conhecimento de parte da história romana, sendo mostrado Júlio César, novo e ainda sem a fama que viria a ter, e Crassus; junto com Pompeu, apenas citado no filme, os três formariam o primeiro Triunvirato de Roma. Aliás, esse Crassus é o responsável pela expressão "erro crasso": ele era reconhecido por ser o mais rico, não tendo fama militar. Assim, sua última luta é à frente da Legião Romana contra os partas, na Pérsia, e, confiante de ser numericamente bem maior que o seu inimigo, realizou erro tático bobo que o expôs como presa fácil; em várias línguas a expressão virou sinônimo de estupidez.
Cleópatra
Direção: Joseph L. Mankiewicz
Ano: 1963
Cleópatra é um filme de 4h de duração! Conta a história obviamente de Cleópatra, faraó do Egito, mas o filme é de interesse nosso, visto que Cleópatra teve relação muito próxima com Roma através de suas ambições territorialistas, que chocavam com as de Roma, sua dominadora, e através de suas relações pessoais com Júlio César, ditador romano, e com Marco Antônio, que fez parte do triunvirato que seguiu a morte de Júlio César. Essas relações geraram filhos, sendo somente o primeiro retratado no filme. Para o que a gente se propunha - conhecer um pouco mais da história de Roma - foi ótimo, o filme se debruça sobre essas questões e acaba explorando bem essa parte importante da história romana. Quanto ao filme em si, é um épico com números que se destacam até hoje: é o segundo filme mais caro de toda a história do cinema e quase faliu a 20th Century Fox. Na época, pagou o valor mais alto para uma atriz até então. A produção teve de aguardar 6 meses parada logo no começo das filmagens devido a uma doença de Elizabeth Taylor. Foi nesse filme que Elizabeth Taylor e Richard Burton se apaixonaram, tendo ele se tornado seu quinto e sexto marido. Ganhou o oscar de melhores efeitos especiais, melhor fotografia (colorido), melhor figurino (colorido) e melhor direção de arte (colorido). Rex Harrison, o Júlio César, é a melhor parte do filme.
Ben-Hur
Direção: William Wyler
Ano: 1959
Ben-Hur conta a história do protagonista homônimo, príncipe judeu (Charlton Heston), e se passa em sua maior parte na Judeia, que, à época da história (contemporânea de Cristo), era dominada por Roma. Ben-Hur passa por poucas e boas ao perder a sua fortuna, ser enviado às galés e ter sua mãe e irmã presas porque um novo governador quer mostrar à Judeia quem é que manda. O pior é que esse novo governador é um amigo de infância de Ben-Hur. Ben-Hur é um cara ferrenho, que sobrevive com o sonho de reencontrar sua família. Tamanha garra o leva a ser um dos sobreviventes do naufrágio de uma das galés, onde salva o shttps://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4109461582258509630#editor/target=post;postID=7931966959922862509;onPublishedMenu=posts;onClosedMenu=posts;postNum=45;src=linkuperior romano. Este fica extremamente agradecido a Ben-Hur e termina por adota-lo. É nessa parte que vimos um pouco de Roma e de Júlio César. Ben-Hur, porém, logo retorna à Judeia, onde está sua fidelidade, já rico e, de certa forma, "romano". Ao descobrir que sua família morreu (na verdade, essa foi a mentira caridosa que lhe contaram, pois ela se tornou leprosa, destino muito pior à época), resolve se vingar do seu ex-amigo. Essa vingança acontece na famosa corrida de bigas do filme. Existe ainda uma mensagem cristã que aparece principalmente no final do filme, quando Cristo é crucificado (ele ainda chega a aparecer em outros momentos do filme como um ator coadjuvante de importância menor, sempre de costas). Para quem tem interesse no filme pré-viagem à Itália, como eu, vai conhecer um pouco como se davam as relações de Roma com os territórios dominados por ela e, particularmente, com a Judeia. Recomendo!
2. Renascimento
Direção: Neil Jordan
Ano: 2011-2013
Os Bórgias é uma série de TV que foca na história da família Bórgia a partir do momento em que Rodrigo Bórgia se torna o papa Alexandre VI. Essa família tornou-se famosa pelas orgias sexuais e violência que a circundavam, representando muito bem uma época em que os papas eram conhecidos por toda a antítese do que era sagrado. Nessa série de TV é possível ver, claro, Rodrigo, Lucrécia e César Bórgia, mas também outros personagens contemporâneos, como Maquiavel, o padre fanático Savonarola, o rei francês Carlos V, Pinturicchio (pintor famoso da época que foi o autor dos famosos quartos Bórgia, no Vaticano), entre outros. É muito interessante mergulhar no mundo renascentista italiano e se familiarizar com a política religiosa e europeia da época e com as famílias poderosas italianas, como os Sforza, della Rovere e Farnese.
3. Unificação Italiana, I e II Guerras Mundiais e Período Entre-Guerras
1900
Direção: Bernardo Bertolucci
Ano: 1976
Este foi o primeiro filme sério a que assistimos. A escolha foi do meu esposo, que se empolgou para assistir aos filmes dos grandes nomes italianos: Fellini, Pasolini, Vittorio de Sica... O único senão (pequeno, aliás, porque, mesmo que não tivesse nenhum benefício para a viagem em si, no mínimo aumentaríamos a nossa cultura cinematográfica) é que o foco desses grandes cineastas foi, muitas vezes, o pós-guerra, o fascismo, a classe operária/oprimida. Não é que esses temas não fazem parte da história italiana, mas é tão maior o que ela oferece sobre a história dos antigos e arte e igreja, que essa parte não me interessou muito. Nem sei se vamos encontrar algo na viagem referente a esse período. Acho que vamos descobrir até o retorno da viagem!
1900 é um filme de Bernardo Bertolucci realizado após o sucesso O Último Tango em Paris. A expectativa do público era grande e ele pôde escolher os atores que quisesse. Assim, participam deste filme Robert de Niro, Gerárd Depardieu, Burt Lancaster e Donald Sutherland. O mote do filme é mostrar como duas crianças nascidas no mesmo local, no mesmo dia, têm destinos tão diferentes por ter ou não propriedades. Um é o neto do fazendeiro, Alfredo (de Niro), o outro é um filho de um camponês, Olmo (Depardieu). Eles crescem amigos e, apesar da simpatia de Alfredo por Olmo, aquele assume seu papel de patrão, ainda que de forma bastante passiva.
Neste filme, que começa em 1901 e se estende além da 2ª Guerra, os eventos históricos não são mostrados com detalhes. O que se vê, além da luta entre camponeses e proprietários, é o nascimento do fascismo e um sonho comunista. Ele foi mal recebido pela crítica, que não aprovou a extensão (5h de duração! Descobrimos depois de alugar - rá!) nem o resultado.
Não desgostamos do filme, que, na verdade, até me deu vontade de saber mais sobre o fascismo, os boinas-pretas e Mussolini. Em termos de lugares, não se vê nenhum lugar famoso. A maior parte das cenas são internas ou no campo. Os últimos 30 minutos do filme, porém, a gente não curtiu. Parece um filme panfletário comunista com um final muito irreal, de uma maneira ruim. Caso queira curtir Bertolucci, só se prepare para a duração do filme! Ah, e tem umas cenas muito intensas que se aproveitam da cara do Sutherland, que está muuuito psicopata mesmo.
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