Escultura de Laocoonte e seus filhos, feita no período helenístico (+40dC); Museu Pio-Clementino. |
Mapa do Vaticano
Museu Pio-Clementino (nº 5 do mapa)
Este museu foi fundado pelos papas Clemente XIV (1769-1774) e Pio VI (1775-1799) com o intuito de reunir obras gregas e romanas. Teve início com a coleção do papa Júlio II, mas se expandiu enormemente com as excavações em Roma e Lazio. Atrações dessa ala que não podem ser perdidas são as obras de Lisippo, Apolo de Belvedere e Laocoonte.
Apolo de Belvedere, Antiguidade Clássica (+130aC). |
Apoxyomenos, de Lisippo (+330aC). |
Pátio Octogonal (nº 6 no mapa)
Pátio dentro do Museu Pio-Clementino cujas obras expostas correspondem ao núcleo inicial da coleção e que era parte, originalmente, da coleção privada do papa Júlio II.
Museu Chiaramonti (nº 7 no mapa) e Braccio Nuovo (nº 30)
Seu nome deriva do papa Pio VII (1800-1823), que o fundou. Guarda uma coleção de bustos e estátuas romanas. Na ocasião em que foi criado, muitos objetos da coleção do Vaticano tinham sido levadas por Napoleão como espólio. A maior parte acabou retornando anos depois.
O Braccio Nuovo é uma ala que conecta o Museu Chiaramonti com a Biblioteca do Vaticano e é uma extensão do Museu.
Galeria Lapidaria (nº 8 no mapa)
Contém urnas, tábuas e inscrições em pedra. Costuma ficar fechado e ser aberto apenas em ocasiões especiais. É também considerado uma extensão do Museu Chiaramonti.
Museu Gregoriano Egípcio (nº 9 no mapa)
Este museu foi iniciado pelo papa Gregório XVI (1831-1846), que era apaixonado pelo Egito e mesmo antes de ser papa participou ativamente na discussão de tradução de hieróglifos. O museu contém os achados arqueológicos egípcios adquiridos pelos papas a partir do século XVIII e estátuas trazidas para Roma na época do Império. Uma curiosidade: na época de sua inauguração houve críticas quanto à presença excessiva de cultura pagã no Vaticano e Gregório XVI respondeu que o estudo dos egípcios e de outras culturas do Oriente Médio ajudariam a melhor compreender os eventos bíblicos e a história inicial do cristianismo.
Os primeiros dois aposentos são dedicados à morte; os dois seguintes evidenciam a moda por objetos egípcios na Roma Antiga; o salão circular tem várias estátuas egípcias e, por fim, os últimos aposentos contêm pequenas esculturas e relevos de pedra e bronze. Tem ainda duas salas dedicadas a objetos da Mesopotâmia e da região Síria-Palestina.
Museu Gregoriano Etrusco (nº 10 no mapa)
Também foi iniciado pelo papa Gregório XVI (1831-1846), desta vez com produtos da escavação do sudeste da Etrúria, quando ainda era parte do estado papal. Interesse na cultura etrusca começou mais tardiamente, no começo do século 19, em relação ao interesse pela cultura romana, que teve início no Renascimento. O museu guarda obras dos séculos 9 a 1º aC: vasos, bronzes e outros achados arqueológicos, grande coleção de vasos italianos helenísticos, peças romanas, tumbas e jóias etruscas.
Salão da Carruagem (nº 11 no mapa)
Galleria degli Arazzi (nº 13 no mapa)
Essa é a galeria dos tapetes. Foi inaugurada por Gregório XVI. Nos séculos passados, tapetes eram considerados os objetos de arte mais valiosos devido à sua complexidade e manufatura altamente cara. Artistas conhecidos produziram a maioria dos desenhos para as cenas tecidas, como Rafael e artistas holandeses famosos. Os lugares de referência para sua confecção eram Flandres e Bruxelas. Uma série especial de tapetes são os encomendados por Leão X (1513-1521), que encarregou Rafael a produzir uma série de 10 desenhos de tapete de cenas das vidas de São Pedro e São Paulo; mais tarde, esses desenhos foram enviados para Bruxelas para serem tecidos. As cenas de vida de São Pedro ficavam pendurados embaixo das cenas de Moisés e as de São Paulo, abaixo das de Cristo. Custaram ao Vaticano muito mais do que as pinturas da Capela Sistina e eram colocadas apenas em ocasiões especiais.
Galleria della Carte Geografiche (nº 14 no mapa)
É a maior coleção de mapas geográficos pintados. Eles foram realizados a pedido de Gregório XIII (1572-1585) e mostram diversas províncias italianas e territórios dos Estados Papais. O teto da galeria contém 17 imagens principais com cenas históricas.
Um dos mapas do corredor dos mapas nos Museus do Vaticano. |
Aposento Sobieski (nº 16 no mapa)
O quarto Sobieski tem esse nome das pinturas do polonês Jan Matejko (1838-1893), que ilustram a vitória do rei polonês Jan III Sobieski sobre os turcos em Viena em 1683. Matejko completou essa pintura na comemoração de dois séculos de aniversário dessa batalha. Foi um presente da Polônia para Leão XIII.
Jan Sobieski, Rei da Polônia, derrota os turcos nos Portões de Viena, Jan Matejko (ca. 1854). |
Aposento da Imaculada Conceição (nº 17 no mapa)
Quarto da Imaculada Concepção. |
Capela Nicolina (nº 20 no mapa)
Nicolau V (1447-1455) foi o primeiro pontífice a encomendar uma decoração extensa no Vaticano. Ele era um humanista e incentivou o conhecimento clássico nas artes, arquitetura e ciência. Em 1447 ele encarregou o pintor florentino Fra Angelico de pintar afrescos em sua capela privada com cenas das vidas dos santos Estevão e Lourenço e que resultou num dos quartos mais bonitos do Museu.
Capela Nicolina, com os afrescos de Fra Angelico. |
Loggia de Rafael (nº 21 no mapa)
Leão X (1513-1521) encarregou Rafael e sua escola de pintar o que agora é conhecido como Loggia de Rafael. Ela consiste numa galeria estreita com 13 recessos decorados com 52 cenas do Velho e Novo Testamento. O elemento visual dominante é a decoração extravagante de estilo grotesco (do latim grotto, gruta: referente a figuras estranhas e bizarras). O princípio do grotesco é baseado na combinação de figuras humanas, animais e plantas realísticas e fragmentos arquitetônicos estilizados. Esse estilo foi redescoberto no fim do século XV e teve a maior expressão nesses quartos.
Loggia de Rafael. |
Estilo grotesco. |
Estilo grotesco. |
Collezione d'Arte Religiosa Moderna (nº 24 no mapa)
É o mais jovem de todos os museus, tendo sido criado por Paulo VI (1963-1978). Abrange trabalhos a partir do fim do século 19.
Biblioteca do Vaticano (nº 26 no mapa)
Salão Sistino, Biblioteca do Vaticano. |
Museu Sacro della Biblioteca (nº 27 no mapa)
Os objetos expostos nessa seção têm procedência variada: coleções privadas arqueológicas de clérigos na era barroca, escavação de catacumbas romanas, tesouros da Igreja...
Museu Gregoriano Profano (nº 34 no mapa)
Também criado pelo papa Gregório XVI (1831-1846), este museu foca a antiguidade romana com a visão da política e cultura de hoje. Os objetos expostos estão divididos em cinco temas: esculturas e relevos gregos dos séc. 5 e 4 aC, a maioria em fragmentos; cópias de originais gregos do Império Romano, dos séc. 1-3 dC; esculturas romanas originais dos séc. 1 e 2 dC; galeria dos sarcófagos; e esculturas romanas dos séc. 2 e 3 dC.
Museu Pio-Cristão (nº 35 no mapa)
Originalmente instalado no Palácio Laterano, foi fundado por Pio IX (1846-1878). A maioria dos objetos expostos vêm de escavações das catacumbas do começo do cristianismo próximas ou dentro de Roma. Os itens do museu incluem fragmentos de construções, mosaicos e esculturas dos primeiros séculos após o nascimento de Cristo, placas de inscrição. A parte mais importante da coleção pode ser acessada apenas por especialistas.
Museu Missionário Etnológico (nº 36 no mapa)
Essa é uma ala dedicada à arte não europeia e, muitas vezes, não religiosa. Foi fundada pelo papa Pio XI (1922-1939). Aqui estão trabalhos africanos, asiáticos e da América do Sul. Alguns foram produtos das primeiras grandes campanhas missionárias da Propaganda Fide, que tiveram início no final do século 17. Também começou instalada no Palácio Laterano até ser transferida em 1973 para o Vaticano (foi o último a ser transferido). Apenas uma pequena porção de todos os objetos estão expostos.
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