Nosso carrinho Cinquecento com teto solar! |
Esses foram os passos que segui pra alugar carro na Itália:
1) O período de aluguel: para poder definir isso, todo o plano de viagem tem de estar pronto. Eu, por
exemplo, defini que seriam 5 dias (06 a 11/06) onde eu faria 3 dias pela
Toscana, 1 dia em Orvieto e Civita di Bagnoregio (Úmbria) e 1 dia Perugia e
Assis (Úmbria).
2) O carro: sendo apenas
dois passageiros, sem bagagem para transportar, querendo economizar o máximo
possível, a escolha recaiu entre o Mini e o Economy. Aqui também não tive
dúvidas: foi o Mini que escolhi, quanto menor fosse, maior a chance de eu não
bater o carro!
3) Locadora: com essas variáveis (período e tipo de carro), analisei os valores de
diversos sites de aluguel de carros (joguei as palavras “rent”, “car” e “siena”
no Google): Europcar, Thrifty, Avis, Budget, Autoeurope, Rentalcars, Economycarrentals,
Expedia, Kemwell e mais outras tantas. Descobri, por exemplo, que existem 4
empresas locais (as 4 primeiras citadas acima), porém existem companhias
mundiais (muitas vezes americanas) que fazem a intermediação entre a locadora
local e o turista, muitas vezes por valor abaixo do que a própria locadora.
4) Moeda: para você poder avaliar os custos, escolha
uma moeda. Eu preferi o euro porque poderia haver diferença na cotação entre
euro e real entre as diversas empresas. Além disso, era um valor que não
deveria mudar até que eu efetivamente pagasse, ao contrário do que aconteceria
se fosse em real, que flutuaria conforme o câmbio. Alguns sites você tem de
dizer de onde você é e seleciona automaticamente o R$. Nesses casos eu me dizia
ser de Portugal e os preços eram cotados em euros (geralmente esses sites
estavam em português, o que significava que, se vc escolhesse outro país europeu,
vc veria em italiano, espanhol ou francês; nem tentei a Inglaterra, vai que
saía em libras). Você vai ver o custo do aluguel do carro para o período e as
taxas (às vezes elas estão discriminadas, às vezes num valor só, mas em ambas
as situações o valor total costuma ser dado).
5) Itens adicionais: esses é que vão fazer a
diferença no preço, praticamente definindo o valor a ser pago, que são os
seguros. Os mais comuns, por vezes obrigatórios, são o de roubo (Theft Protection) e o contra danos ao
veículo (chamado CDW, que significa Collision
Damage Waiver, ou LDW = Loss Damage
Waiver). Eles servem para que, caso ocorra roubo ou dano do veículo, você
não precise pagar todo o carro. Eles têm um valor de franquia que, para o Mini,
que era o mais simples, ficava entre 1500 e 2500 euros. Franquia é o valor que,
caso vc precise acionar o seguro, vc vai ter de arcar.
Um outro seguro que existe é o de
assistência pessoal (PAI = Personal
Assistance Insurance). Ele vai servir para, em caso de acidente com o
motorista e passageiros com necessidade de cuidados médicos, arcar com
assistência à saúde e prêmio por morte. O seguro de saúde deve cobrir esses
gastos também, mas aparentemente o PAI paga valores maiores, então ainda não
decidi se vou querer.
Um seguro que fiz questão de obter foi o de
ressarcimento do excesso, ou seja, da franquia que for paga. É o tal do seguro
total, que, em caso de roubo ou dano ao veículo, vc não tem de pagar nada. Na
verdade, caso o pior cenário aconteça e vc tenha dano ou roubo do veículo, vc
deverá pagar a tal da franquia e acionar esse seguro para que ela lhe pague o
que vc gastou. Atenção que existem diversas exceções e geralmente incluem
negligência do motorista: ter o veículo roubado por ter perdido a chave, uso de
drogas por parte do motorista, tráfego em estradas de má qualidade, dano ao
interior do veículo...
Outro seguro importante é o de dano contra
terceiros.
Tem ainda seguro para pneus e outras partes
do carro normalmente não incluídas no CDW (às vezes está incluído no seguro
total) e seguro que corresponde a atendimento na estrada.
Sugiro que vc faça uma tabela com o valor
do aluguel, com cada um dos seguros e taxas acima e, claro, o valor final. Se
algum deles estiver já fazendo parte do valor do aluguel, coloque apenas
“incluído”. Defina aqueles seguros “obrigatórios” para vc.
6) Comentários dos consumidores: no final, fiquei em dúvida entre as duas
opções mais baratas, o Autoeurope e o Rentalcars. O que acabou definindo foi
jogar no google novamente e ver revisões/comentários de clientes. O Autoeurope
praticamente só tinha gente satisfeita. O Rentalcars tinha alguns comentários
negativos. O valor total, incluindo o CDW, proteção a roubo, ressarcimento de
franquia e proteção para terceiros, ficou por 182 euros ou 36,4 euros/dia.
7) Benzina x diesel: uma dica que vi frequentemente em sites era
para escolher carro a diesel e não a gasolina (benzina) – esta é muito
mais cara. Não consegui escolher em nenhum site e, por esse motivo, achei que dava pra escolher na locadora. Se era possível em alguma delas, eu não sei dizer, mas na que eu aluguei só teve a opção da gasolina. A diferença costumava ser cerca de 0,20 de euro entre a gasolina e o diesel, sendo que a gasolina variou de 1,6 a 1,8 euros/litro e observei também que costumava ser mais cara na Úmbria e mais barata na Toscana (quanto mais próximo de Roma, maior o valor; quanto mais próximo de Siena, mas em conta).
8) GPS: o aluguel do GPS custa cerca de 11 euros por dia, o que me fez decidir comprar um GPS. Apesar de sair mais caro do que alugar, acredito que numa segunda viagem o valor do GPS já se assemelha ao valor do aluguel. Cheguei a cogitar comprar na Europa mesmo, mas como não sabia a
facilidade e tempo envolvido na compra (foi ótimo, em Roma não tivemos tempo nem de olhar imãs) e também porque não acreditava ser tão mais barato
pela diferença de cotação, optei por comprar no Brasil mesmo.
Comprei um Garmin
pq vi que as opiniões geralmente se dividem entre Garmin e Tomtom. Este é mais
barato para aparelho similar, porém os mapas pareceram mais caros (cerca de U$90 ou 50 euros, ou
seja, por volta de R$150,00). Os mapas da Garmin, pelo site, custavam
R$60-70,00. Não quis arriscar um Xing Ling, que, aliás, teve muitas
recomendações boas. O modelo escolhido foi o Garmin Nüvi 1300 e se baseou em custo
(um dos mais baratos) e o fato de ter slot para cartão SD (foi recomendado caso
se queira baixar mapas para poder armazenar o mesmo). O valor do aparelho foi
R$315,20 com frete. Um XL-335 da Tomtom saia por R$206,00 sem frete, mas
pensando no valor dos mapas...
No final, depois de ver muitas pessoas recomendando mapas gratuitos do OpenStreetMap, optei por baixar um deles. Quebrei um pouco a cabeça e deu certo. Na hora do vamos ver, fiquei com medo de não dar funcionar, de o visual ser muito simples e ficar difícil pra me localizar e decidi alugar um GPS pelo menos no primeiro dia pra ver se daria certo (tudo pelo medo de dirigir). Não deu certo, não havia GPS disponível. Isso se revelou uma boa coisa, pois funcionou muito bem. O único problema que tivemos com o GPS foi que ele nos enviou pra Via do Orvieto e não para a cidade de Orvieto, o que nos fez perder uma manhã (até agora não sei como aconteceu, a gente olhou antes num zoom menor e parecia ser o correto). Nossa experiência, tirando essa única, foi ótima e recomendo comprar um GPS e baixar o mapa gratuito na internet.
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